quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Anônimo

Ao acordar, me lembrei da tarde de ontem. Naquela tarde, fui à praia, porque havia recebido uma ligação anônima marcando um encontro.

“Por que ressuscita dentro de mim essa imagem, essa manhã? Foi um momento apenas. Havia muita luz, e um vento. Eu estava de pé na praia. Podia ser um momento feliz, e em si mesmo talvez fosse; e aquele singelo quadro de beleza me fez bem; mas uma fina, indefinível angústia me vem misturada com essa lembrança. O vestido verde, o vestido azul, as duas meninas rindo, saltando com seus vestidos colados ao corpo, brilhando ao sol; o vento...” (Rubem Braga, 2008).

Hoje voltei à praia com a esperança de reencontrá-las. E as reencontrei, mas mortas. Eu as vi morrer atropeladas por um carro. Fiquei apavorado.

Algumas semanas depois, recebi outra ligação anônima; era a mulher que confessou ter atropelado as duas meninas por inveja.

Autores: Carol, Gabriele, Mariana, Flávia e Bia

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